CampeonatosClubes PaulistasCorinthiansFutebolPalmeirasSantosSão Paulo

Parar o futebol. Será mesmo a melhor solução?

0
Paulistão corre risco de ser paralisado mas Federação Paulista tenta impedir. Foto: Reprodução/Facebook.

Um ano após a explosão da pandemia de coronavírus no Brasil a situação não é nada confortável. Enquanto vários países vêem os casos e mortes diminuírem com o avanço da vacina, nosso país atravessa o pior momento da doença e registra mais de 2 mil mortes por dia.

Como consequência, novas medidas são adotadas e atividades paralisadas para combater a circulação de pessoas. Em São Paulo, o governador João Doria fechou bares, restaurantes, comércio e paralisou o Campeonato Paulista de futebol.

Mas será mesmo que proibir a bola de rolar é uma medida suficiente para ajudar a combater a pandemia?

Os que defendem a paralisação usam a falta de segurança para prática do esporte como principal motivo. Jogadores, treinadores e demais membros que fazem parte da comissão técnica dos clubes convivem juntos no dia a dia. Além disso, o futebol exige uma rotina constante de viagens, o que aumenta o risco de contágio.

Isso traria riscos para os profissionais dos clubes, como os surtos observados em Flamengo, Palmeiras e recentemente no Corinthians. Além de já ser um risco para eles mesmos, a continuidade do esporte levaria riscos aos familiares dos atletas, que poderiam levar o vírus para suas casas.

Corinthians enfrenta surto de Covid no início do Paulistão. Foto: Reprodução/Facebook.

Por que não deve parar

Já os que defendem a continuidade das competições de futebol mesmo em meio ao aumento de casos e mortes no Brasil, como a CBF e as Federações Estaduais, usam alguns argumentos.

O principal é o protocolo para a disputa das competições, que exige testagem em massa para os profissionais do futebol. Quando alguém testa positivo é imediatamente isolado.

O protocolo de Covid não é 100% seguro, já que houve surtos nos clubes. Mas o argumento dos profissionais do futebol, médicos inclusive, é que a chance de infecção em campo é baixa e muito depende do comportamento dos atletas fora de campo para que a infecção não aconteça.

Argumentos que ganham força após atitudes como a de Gabigol, que foi flagrado em um cassino clandestino com cerca de 200 pessoas em São Paulo.

Outro ponto que não dá pra esquecer é a questão econômica. Com a temporada passada prejudicada pela Covid, os clubes perderam receitas de belheteria e sofrem com atrasos em pagamentos nas cotas de TV. Mais um período sem jogos não seria nada fácil para a sustentação das equipes.

A situação do futebol, assim como de toda a sociedade, é muito complexa. Ao mesmo tempo em que é necessário o máximo de cuidados para evitar o contágio pelo coronavírus, as atividades não podem parar de vez e precisam continuar funcionando de alguma forma. A decisão é complexa e precisa ser tomada de forma a pensar no melhor de todos os envolvidos.

Gabigol foi flagrado em cassino clandestino. Foto: Reprodução/Ge.


Noroeste começa bem a Série A3. E com o uniforme tradicional

Anterior

Há 30 anos, Ayrton Senna vencia no Brasil pela primeira vez na carreira

Próximo

Você também pode gostar de

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

More in Campeonatos