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As palhaçadas da justiça brasileira e o futebol

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Imagem: Pixabay

Quando a Operação Lava Jato começou boa parte do povo brasileiro a apoiou. Afinal, ela jogou no xadrez muitos nomes graúdos, incluindo um presidente da República. Entretanto, muitos desses nomes conseguiram sair ou mesmo evitar a cadeia usando liminares. E, além disso, ainda conseguem concorrer a cargos políticos.

Infelizmente, boa parte da justiça brasileira não é séria. E o futebol mostra esse fato.

Neste domingo (27), o Flamengo foi a São Paulo enfrentar o Palmeiras, no Allianz Parque, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Contudo, o Rubro-Negro tentou, de todas as maneiras, adiar a partida depois que boa parte do time foi diagnosticado com o vírus da COVID-19.

Após o clube carioca acionar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o jogo chegou a ser suspenso por uma ação do Sindicato dos Empregados em Clubes, Estabelecimentos de Cultura Física, Desportos e Similares (Sindiclubes) do Rio de Janeiro no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ). Mas, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aceitou um pedido da CBF nos últimos minutos e a partida aconteceu.

Essa não é a primeira vez que o futebol entra em uma disputa judicial e o extra-campo se torna decisivo. Em 2014, um torcedor da Portuguesa não aceitou o rebaixamento do clube no ano anterior e entrou com uma liminar que mantinha a Lusa na primeira divisão. E, por causa disso, um oficial de justiça interrompeu o jogo contra o Joinville. Não adiantou nada, pois a liminar foi derrubada e o time da capital paulista jogou a Série B do mesmo jeito.

Em 1999, foi a vez do Gama. Da mesma forma que o torcedor da Portuguesa fez anos depois, o clube do Distrito Federal entrou na justiça comum para protestar contra o rebaixamento. A briga entre as justiças esportiva e comum impediu a CBF de realizar o Brasileirão. E quem é mais velho provavelmente se lembra como esta confusão acabou: na Copa João Havelange.

E até mesmo o STF (Supremo Tribunal Federal) teve que decidir um título. No caso, foi o polêmico Brasileirão de 1987, reivindicado por Sport e Flamengo, sendo que o último entrou na justiça comum pelo reconhecimento. Contudo, o órgão máximo do judiciário decidiu que o campeão de 87 foi o Leão da Ilha.

De tudo isso, a questão é a seguinte: O País precisa de uma séria reforma judiciária. Afinal, decisões da justiça e liminares impedem a vida de todos os brasileiros. Incluindo aqueles que jogam futebol.

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