Depois de uma estreia nas Eliminatórias que não deu para tirar praticamente nada de útil, devido à fragilidade de uma desfalcada Bolívia que foi a São Paulo e levou 5 a 0, a Seleção Brasileira encarou um bom teste no duelo da última quarta (13) contra o Peru, em Lima. O time chegou a estar duas vezes atrás no placar, mas buscou a virada e venceu no final por 4 a 2, com três gols de Neymar, em dois penâltis, e Richarlison.
O Peru vem de um trabalho de longo prazo sob o comando de Ricardo Gareca. Voltou à Copa do Mundo na Rússia, em 2018, após 36 anos de ausência e é o atual vice-campeão continental. Perdeu a Copa América de 2019 para o Brasil. A seleção peruana marcou seus gols com Tapia e Carrillo. Em ambos os lances, contou com falhas do sistema defensivo brasileiro. Primeiro com Marquinhos, que afastou mal a bola da área e depois Rodrigo Caio (substituiu Marquinhos, lesionado), que afastou mal uma cobrança de lateral.
Um bom destaque, nos dois jogos, foi a presença do ex-vascaíno Douglas Luiz, jogador do West Ham, da Inglaterra. Quando todos esperavam que Bruno Guimarães fosse titular, o volante deu suporte ao apoio ofensivo do lateral-esquerdo Renan Lodi. Além disso, tem uma boa capacidade de fazer inversões de bola e dar passes longos. Ao longo prazo, parece ter capacidade de assumir a titularidade, algo que o outrora badalado Arthur não conseguiu.
Outro jogador que teve papel de destaque na formação escalada por Tite foi Richarlison. Em um grande momento no Everton, sensação no início do Campeonato Inglês, o “Pombo” atuou aberto pelos lados do campo e fez um trabalho de marcação sem bola. Ainda acompanhou a jogada e entrou na área para completar o cruzamento de Firmino e marcar o segundo gol da Seleção Brasileira. Quando Tite colocou em campo os Evertons Ribeiro e “Cebolinha”, Richarlison foi premiado com a boa atuação e seguiu no time titular, atuando como atacante de referência.
Recordista
Mesmo com a boa atuação dos coadjuavantes, mais uma vez os holofotes de um jogo do Brasil foram todos para Neymar. Em uma fase mais madura na carreira, evitando o “cai-cai” e as confusões, o craque brasileiro bateu bem os dois pênaltis e marcou o último gol da vítória da Seleção.
Com o hat-trick diante dos peruanos, Neymar superou Ronaldo como segundo maior artilheiro da história da Seleção Brasileira. São 64 gols em 103 partidas. O líder da lista é Pelé, que fez 77 gols em 92 jogos. Ronaldo Fenômeno agora é o terceiro (62 gols em 98 jogos). Completam os cinco primeiros lugares Romário (55 gols em 70 jogos) e Zico (48 gols em 71 jogos).
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