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Ninguém abriu mão de nada. Os inexplicáveis estaduais de 2021

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Palmeiras é o atual campeão paulista. Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

Terminado o Brasileirão e com a final da Copa do Brasil no próximo domingo (07) finalmente se encerra a longa e desgastante temporada 2020 do futebol brasileiro, esticada em três meses já dentro de 2021 por causa da pandemia.

Entretanto, os jogadores, técnicos e demais profissionais envolvidos no mundo do futebol mal tiveram tempo de respirar. Desde o último fim de semana, dois dias após o fim do Brasileirão, a bola já começou a rolar pela nova temporada.

São os tradicionais campeonatos estaduais, que abrem a temporada de futebol no Brasil. No entanto, pelo contexto atual em que vivemos, é inexplicável que sejam disputados assim como nos outros anos, com a mesma quantidade de datas.

O reflexo que se vê são torneios, outrora os mais importantes do Brasil e responsáveis no passado por fomentar as grandes rivalidades locais, começando de forma esvaziada e desprestigiada.

Em São Paulo, o Palmeiras está voltado para a final da Copa do Brasil e, após uma temporada desgastante com mais de 70 jogos disputados, preparou um time com reservas e garotos para defender o título paulista.

No Rio de Janeiro, o Flamengo deu folga aos principais atletas após a conquista do título brasileiro e também montou um time de reservas e garotos para o início do Campeonato Carioca.

Após o que aconteceu em 2020 seria muito mais racional dar um período de férias aos jogadores e depois promover a disputa de um campeonato estadual mais curto. Os pequenos poderiam começar a disputa e encontrar com os grandes em uma fase posterior, por exemplo.

Flamengo vai usar time de garotos no início do Campeonato Carioca. Foto: Reprodução/Facebook.

Mas, mesmo na pandemia, mais uma vez ninguém abriu mão de nada. As federações estaduais querem o cumprimento dos campeonatos na íntegra. Há ainda os contratos de patrocínios e de direitos de transmissão a cumprir.

O resultado são campeonatos longos e entediantes com partidas fracas porque os times grandes não colocam força máxima em campo e os pequenos não têm capacidade para competir de igual para igual.

Já passou da hora do calendário ser revisto e os campeonatos estaduais serem repensados. Mas, se nem na pandemia isso aconteceu, difícil pensar que algo aconteça a curto prazo.

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