No fim de semana dos dias 11 e 12 de setembro ocorreu o GP da Toscana, nona etapa da Fórmula 1 em 2020, no circuito de Mugello, na Itália. Essa era uma corrida não programada na temporada, mas que foi marcada durante o ano para cobrir as etapas canceladas por conta da pandemia de COVID-19. E a escolha por Mugello foi em parte um pedido da Ferrari, que ia fazer a corrida de número 1000 na história da categoria.
O desejo pode até ter sido atendido, mas a corrida em si não foi o que a Ferrari queria. Aliás, a temporada inteira é o que a Ferrari não está querendo.
Na pré-temporada, a equipe já demonstrava fraqueza. Mattia Binotto, chefe da escuderia, disse que eles não estavam escondendo o jogo, mas falava que o carro iria melhorar durante a temporada, programada inicialmente para começar em março. Contudo, a pandemia mudou a abertura para junho. E ela foi na Áustria, em vez de ser na Austrália.
A primeira corrida enganou. Sebastian Vettel foi apenas o décimo, mas Charles Leclerc chegou em segundo. Poderia ser uma recuperação. Entretanto, o rendimento foi caindo aos poucos. O monegasco até conseguiu outro pódio, mas, desde o GP da Bélgica, os carros vêm tendo desempenhos de equipe média. E o campeonato de construtores mostra isso, já que a Ferrari está em sexto e com sério risco terminá-lo em sétimo, pois a Alpha Tauri vem mostrando um desempenho melhor.
E qual seria o problema da Ferrari? Simples. O carro até pode não ser tão bom, mas o maior problema é o motor. Prova disto é que as outras duas equipes que usam motor Ferrari (Alfa Romeo e Haas) também estão obtendo péssimos resultados. A Alfa Romeo marcou apenas 4 pontos. Pior ainda está a Haas, com um único ponto.
E o motivo do motor não estar bom é um acordo secreto com a FIA (Federação internacional de Automobilismo) sobre irregularidades do propulsor de 2019. Ato esse que, inclusive, causou revolta entre outras equipes.
O que resta agora para a escuderia italiana é esquecer 2020 e preparar um motor mais rápido para 2021.
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