Um recorde adiado. Análise do GP da Rússia

Neste domingo (27) aconteceu a décima etapa da temporada 2020 da Fórmula 1 realizada em Sochi, na Rússia. O treino classificatório e as primeira voltas indicavam que dois recordes iriam ser igualados. Mas só um deles foi.

Principais Resultados

Lewis Hamilton largou na pole e manteve a primeira posição nas primeiras voltas. O cenário indicava que o inglês iria igualar Michael Schumacher como o maior vencedor da Fórmula 1 em números absolutos. Contudo, antes da largada, o piloto da Mercedes treinou largada fora do local permitido. Duas vezes. Duas punições de cinco segundos.

Quem gostou da situação foi Valtteri Bottas, que assumiu a liderança e passou apenas a administrá-la para, enfim, voltar a vencer. Hamilton, por outro lado, até conseguiu se recuperar, mas teve que se contentar com o terceiro lugar.

Um recorde foi adiado. Entretanto, outro foi igualado. Correndo pela Alfa Romeo, Kimi Räikkönen fez a sua 322ª participação em GPs de Fórmula 1, igualando-se a Rubens Barrichello. Entretanto, o resultado na etapa foi um discreto 14º lugar. Sem o que comemorar.

Quem também fez uma ótima corrida foi Sergio Pérez. Embora sem vaga para o próximo ano, o mexicano largou em quarto lugar e chegou a perder a posição na largada. Ainda assim, se recuperou e terminou a prova no mesmo quarto lugar que largou, marcando 12 importantes pontos para a Racing Point.

E a Ferrari? Ainda que não haja muita esperança para esta temporada, Leclerc fez o que podia na etapa da Rússia. E terminou num sexto lugar. Um resultado excelente vista a situação pela qual a Ferrari passa. Já Vettel terminou fora da zona de pontuação.

Análise

Antes de tudo, Lewis Hamilton não precisa ter pressa. Afinal, ainda faltam sete corridas para acabar o campeonato. Ele terá outras oportunidades de se igualar e, consequentemente, passar Michael Schumacher. Contudo, o inglês tem 10 pontos na carteira pelo que fez antes da prova. Ao menos que ele seja suspenso de uma corrida, é melhor controlar um pouco o ímpeto.

Não há muito o que dizer de Valtteri Bottas e Max Verstappen. São os dois melhores pilotos no campeonato depois de Hamilton. Estão sempre na espreita de um erro do hexacampeão para poder vencer. Melhor para o finlandês.

Já Sergio Pérez mostra que ainda merece espaço na Fórmula 1. Dispensado da futura Aston Martin, o mexicano mostrou que pode ter um carro na categoria. Inclusive ajudando a equipe atual no mundial de construtores.

E falando nos construtores, a briga pelo terceiro lugar está bem intensa. O quarto lugar de Pérez fez a Racing Point marcar 12 pontos contra nenhum da McLaren, diminuindo a distância para apenas dois pontos (106 a 104). A Renault também está igualmente no páreo, pontuando com os dois carros e chegando aos 99 pontos.

Atrás dessas equipes vem a Ferrari, que ganhou pontos importantes na briga pelo sexto lugar contra a Alpha Tauri. Já que não consegue mais brigar pelas primeiras colocações, pelo menos não passa mais vergonha.

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