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Jogo simples e eficiente. O segredo do sucesso de Abel Braga no Internacional

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Abel Braga e jogadores do Internacional comemoram virada de 2 a 1 sobre o Grêmio. Foto: Reprodução/Facebook.

Depois de apresentar trabalhos que deixaram a desejar em Flamengo, Cruzeiro e Vasco nos dois últimos anos parecia que a carreira do técnico Abel Braga se encaminhava para o fim e ele não voltaria mais a brigar pelos principais títulos do futebol nacional. Entretanto, as voltas que a vida (e o futebol) dá levaram o treinador a assumir o Internacional após a conturbada saída de Eduardo Coudet para o futebol espanhol.

A temporada atípica de pandemia, em que nenhum time conseguiu se estabelecer como o melhor do Brasileirão por causa da irregularidade e que o nível do futebol praticado baixou, acabou ajudando o veterano treinador, de 68 anos, a dar a volta por cima e se estabelecer como principal candidato ao título faltando seis rodadas para o fim da competição.

Abel Braga nunca foi um treinador conhecido por ser um especialista em tática ou um estrategista, que monta seus times de maneiras inovadoras. Seu ponto forte sempre foi o lado “boleiro”, bom de grupo, o técnico motivador, da velha guarda dos treinadores brasileiros que também tem Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo, por exemplo.

Yuri Alberto marcou três gols na goleada do Internacional sobre o São Paulo. Foto: Reprodução/Facebook.

Velha receita funciona

O Internacional 2020-2021 de Abel Braga não é muito diferente dos times anteriores que o treinador dirigiu, com ou sem sucesso. Joga a maior parte do tempo com menor posse de bola esperando o adversário para sair no contra-ataque, o chamado time reativo. Tem uma defesa sólida, utiliza muito bem os jogadores pelos lados do campo e conta com a presença de um centroavante de ofício.

Na sétima passagem pelo Inter, Abel se mostra totalmente à vontade e conhece o ambiente como ninguém. O grande trunfo para conseguir dar a volta por cima depois de um início ruim com derrotas no Brasileirão e as eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores foi o aproveitamento dos garotos do elenco.

Sem Guerreiro e Thiago Galhardo, lesionados, Yuri Alberto se tornou atacante titular e marcou três gols na goleada por 5 a 1 contra o São Paulo. Caio Vidal se tornou titular na ponta-direita. Peglow não é titular, mas também corresponde quando entra nas partidas. O bom rendimento dos garotos aliado ao alicerce de jogadores experientes como Patrick, Cuesta e Edenílson conduziram o Colorado a oito vitórias seguidas e à liderança, com direito a virada de 2 a 1 no clássico Gre-Nal.

Com um futebol simples e eficiente e sem ser o grande favorito no início, o Internacional caminha nesse momento para quebrar o incômodo tabu de 41 anos sem o título brasileiro. A grande dúvida é o que será de Abel Braga se o título for confirmado, já que o espanhol Miguel Ángel Ramírez (ex-Independiente del Valle) é especulado para comandar o time na próxima temporada.

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