Assim como foi nos anos anteriores, as 500 milhas de Indianápolis foram de parar o coração. E o famoso autódromo finalmente viu um americano vencer depois de um bom tempo. Mas isto não veio fácil, já que a prova mudou de cenário várias vezes, tendo nada mais nada menos do que 14 pilotos liderando a prova. Confira na análise.
Josef Newgarden
Após o treino classificatório, poucos fãs de corrida apostaram em Josef Newgarden. Afinal, o americano não andou bem o mês de maio inteiro e iria largar apenas em 17º. E ainda por cima, o piloto da Penske tinha um retrospecto ruim em Indianápolis. Entretanto, Newgarden foi, aos poucos, ganhando posições aos poucos, sem chamar a atenção. E então, quando menos esperava, estava entre as primeiras posições. Então, na última volta, Newgarden atacou e ultrapassou Marcus Ericsson para vencer as 500 milhas pela primeira vez na carreira. Esta foi a primeira vitória de um americano na famosa prova desde Alexander Rossi em 2016.
Outros que se destacaram
E falando em Marcus Ericsson, o sueco merece destaque, mesmo que tenha perdido a corrida. O piloto da Ganassi liderou 30 voltas e sempre esteve entre os primeiros mesmo com as reviravoltas. No entanto, faltou um pouco de sorte para que a segunda vitória em Indianápolis viesse, Mas ainda sim, um grande desempenho.
Também não dá para deixar de falar de Santino Ferrucci. O americano, que não vem fazendo uma boa temporada, conseguiu um quarto lugar no treino classificatório. E mesmo com vários nomes de peso em volta, Ferrucci se manteve entre os primeiros (inclusive liderando), e sobreviveu aos acidentes nas voltas finais para conseguir um terceiro lugar.
Outro piloto que mostrou habilidade foi Álex Palou. O espanhol largou na pole e liderou as primeiras voltas. Entretanto, o piloto da Ganassi foi acertado por Rinus Veekay na saída dos boxes, forçando o quase-abandono. Palou foi parar no pelotão de trás, mas conseguiu se recuperar no final e conseguir um quarto lugar. O espanhol saiu decepcionado, já que ele poderia ter lutado pela vitória, mas a recuperação foi incrível.
E o que dizer de Graham Rahal? O piloto que, inicialmente ia ficar de fora das 500 milhas por não ter se classificado, teve uma segunda chance após o acidente que machucou Stefan Wilson. Mas o calvário não tinha acabado. Antes mesmo da largada, o carro teve problemas na bateria do motor e só conseguiu ligar quando já tinham passado duas voltas. Mesmo assim, Rahal foi `à pista, sobreviveu aos acidentes e completou a prova.
McLaren decepciona
Mesmo com o diretor esportivo Zac Brown presente, a McLaren decepcionou nas 500 milhas. A começar por Tony Kanaan. O brasileiro, que estava fazendo a última corrida em monopostos da carreira, não conseguiu ter um rendimento decente a ponto de poder lutar pela vitória, terminando apenas em 16º.
Felix Rosenqvist largou em terceiro e liderou 33 voltas e tinha de tudo para lutar pela vitória e acabar com a fama de “pipoqueiro”, Contudo, após ser ultrapassado por Newgarden, perdeu o controle do carro e foi parar no muro, ainda levando Kyle Kirkwood junto.
Contudo, a maior decepção foi Pato O’Ward. O mexicano liderou o maior número de voltas da prova (39) e graças à um pit-stop extra na hora certa, o piloto estava com o melhor equipamento para as voltas finais. Contudo, o nervosismo causado pela primeira bandeira vermelha acabou abatendo o mexicano, que foi ultrapassado por Ericsson e Newgarden e bateu ao tentar recuperar a posição.
Campeonato
Após as 500 milhas, os pilotos começam mais a pensar no campeonato. Álex Palou ainda é o líder, com 219 pontos. Marcus Ericsson é o segundo, com 199. Pato O’Ward ´é o terceiro ,com 185, seguido pelo vencedor as 500 milhas Josef Newgarden, com 182. Em quinto lugar está Scott Dixon (sexto em Indianápolis) com 162.
A´pos a famosa prova, os pilotos não terão descanso, pois já na semana que vem, estarão acelerando nas ruas de Detroit.
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