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Classificação do São Paulo é prêmio pela insistência com Diniz

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Fernando Diniz, técnico do São Paulo. Foto: Reprodução/Facebook.

Desde que assumiu o comando do São Paulo, em setembro de 2019, Fernando Diniz esteve na corda bomba em várias ocasiões. Depois das eliminações para o Mirassol no Campeonato Paulista e na primeira fase da Libertadores não foram poucos os que exigiram a demissão do técnico. Mas ele foi ficando. Principalmente por vontade do diretor Raí e por contar com respaldo dos principais jogadores do elenco.

Desde então, o Tricolor vem subindo de produção. Ocupa a terceira colocação do Brasileirão a dois pontos do líder e com três jogos a menos. Na Copa Sul-Americana virou o jogo contra o Lanús mas foi eliminado devido ao velho problema da defesa.

O grande momento, entretanto, viria no confronto contra o Flamengo, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O São Paulo conseguiu deixar para trás os problemas defensivos que tanto assombraram o time nos últimos mata-matas, além dos fantasmas de ser eliminado em casa por equipes de menor expressão: vitórias no Rio de Janeiro (2 a 1, de virada) e em São Paulo (3 a 0). O Tricolor agora enfrenta o Grêmio na semifinal em busca de um título inédito.

O treinador tem muitos méritos no bom momento da equipe da capital paulista. Depois da diretoria dispensar Alexandre Pato e pagar 7 milhões de euros em Pablo, que nunca se firmou, Diniz encontrou na base seu goleador. O garoto Brenner é o artilheiro do São Paulo na temporada, com 17 gols marcados.

A única novidade do elenco, Luciano, veio do Grêmio de uma troca com Éverton por indicação do comandante, que trabalhou com o atleta no Fluminense, e também tem sido peça-chave. Marcou o gol da vitória contra o Fortaleza, pelo Brasileirão, e dois dos três tentos no jogo de volta contra o Flamengo pela Copa do Brasil.

Luciano marcou dois gols dos três gols do São Paulo no jogo de volta contra o Flamengo. Foto: Reprodução/Facebook.

Há ainda Gabriel Sara, que se tornou titular absoluto e se destaca com gols e assistências, Diego Costa, que ganhou a vaga de Arboleda, e Rodrigo Nestor, boa opção vindo do banco. Todos atletas da base que Diniz apostou.

Outro ponto fundamental é que Fernando Diniz tem, aos poucos, se tornado mais flexível em suas convicções como técnico. Desde que apareceu com destaque no Audax vice-campeão paulista de 2016, o treinador gosta de um time que jogue de forma ofensiva e com posse de bola, mas suas equipes sempre sofreram na defesa e tomaram muitos gols. Esse foi um dos dramas do São Paulo em eliminações recentes.

Contra o Flamengo, na Copa do Brasil, o São Paulo teve menos posse de bola em três dos quatro tempos das duas partidas, segundo as estatísticas do site SofaScore. Sofreu menos na defesa do que em outras partidas e levou apenas um gol no jogo de ida. Dessa forma, Diniz vai mostrando que pode armar um São Paulo competitivo e com repertório para jogar de diferentes formas.

Com um elenco jovem e sem muitas opções para poupar o time, o São Paulo segue na disputa de dois campeonatos (Brasileirão e Copa do Brasil) buscando quebrar um tabu de oito anos sem conquistar um troféu. Mérito de uma direção que soube observar que, apesar dos tropeços, havia um trabalho sendo feito que poderia levar a algum lugar. Uma discussão importante em um futebol brasileiro com tantas trocas de técnicos ao longo do ano. O São Paulo tem, depois de muito tempo, uma chance boa de voltar a conquistar um troféu.

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