Foi em setembro do ano passado que o pedido de mudança de nome foi oficializado para a FIA (Federação Internacional de Automobilismo). E em outubro houve a confirmação. A Toro Rosso iria mudar seu nome em 2020 para Alpha Tauri. Inicialmente parecia ser apenas uma troca de nome, já que os donos da equipe (o grupo Red Bull), ainda eram os mesmos. Contudo, não é bem assim.
Quem é mais velho se lembra da famosa escuderia Minardi, que começou a correr na Fórmula 1 em 1985 e esteve presente por 20 anos na categoria. Uma equipe pequena que teve algumas glórias, mas, em geral, andava nas últimas posições. Em 2005, a Red Bull, que já tinha a sua equipe, comprou a escuderia e a transformou na sua “equipe B”com o nome de Toro Rosso.
A Toro Rosso conseguiu uma vitória antes da Red Bull em si, com Sebastian Vettel, em 2008. A primeira do alemão. Também teve outros grandes momentos. Mas sempre limitada pela equipe principal, que recebia a maior parte do investimento.
Entretanto, a mudança para Alpha Tauri mostra uma independência, e essa é a explicação. Apesar de pertencer ao Grupo Red Bull, a Alpha Tauri é uma empresa diferente. Uma grife de roupas e não uma produtora de bebidas energéticas. E funciona de maneira independente. Para a grife não é vantajoso comercialmente que sua equipe seja apenas uma extensão da Red Bull.
Isso também explica o porquê de Pierre Gasly não ser novamente trocado com Alexander Albon após a vitória do francês em Monza. Para Gasly, é mais interessante ficar em uma equipe que pode evoluir do que brigar com Verstappen na Red Bull.
E a Alpha Tauri mostra evolução. Está em sétimo no campeonato de construtores, com a possibilidade de subir para sexto graças à crise da Ferrari.
E por que isso é bom para a Fórmula 1? Simples. Mais uma equipe entra no páreo para ser competitiva no futuro. Especialmente em 2022, quando as novas regras vão entrar em vigor. Mais uma possibilidade para, quem sabe, dar fim ao domínio de vitórias da Mercedes.
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