CampeonatosClubes PaulistasFutebolPalmeirasSantosSem categoria

Palmeiras x Santos: trajetórias diferentes em busca do mesmo objetivo

0
Final será em 30 de janeiro, no Maracanã. Foto: Reprodução/Facebook

A final brasileira da Libertadores 2020, que será decidida excepcionalmente em 30 de janeiro de 2021 por causa da pandemia, no Estádio do Maracanã, colocará frente a frente Palmeiras e Santos, dois rivais locais com trajetórias bem opostas nos últimos anos quando se analisa o perfil administrativo dos clubes e o sucesso colhido dentro de campo.

Depois de viver um período de vacas magras no início da década passada, com rebaixamento para a Série B em 2012 e a quase queda em 2014, o Palmeiras começou a viver uma nova realidade a partir de 2015. Primeiro com o empréstimo de R$ 200 milhões que o ex-presidente Paulo Nobre fez para aumentar o caixa do clube e pagar as dívidas. Depois com a chegada do aporte financeirpo da Crefisa como patrocinadora máster.

Dessa forma, o Verdão passou a ter recursos para contratar jogadores de qualidade. Se tornou ao longo do tempo o elenco mais qualificado do Brasil, ao lado do Flamengo, e voltou a ser protagonista nas competições. De 2015 para cá foram dois títulos brasileiros, um Campeonato Paulista e uma Copa do Brasil (em final contra o próprio Santos).

A Libertadores, entretanto, sempre foi tratada como principal objetivo do Palmeiras desde a retomada do investimento e da competitividade. Depois de atingir as semifinais em 2018. o clube finalmente retorna à decisão e tem a chance de reconquistar o título após 21 anos, o que seria a segunda conquista palestrina. O mais curioso é que a chegada na final ocorreu justamente na temporada em que os investimentos em contratações foram diminuídos e mais garotos da base foram alçados e aproveitados no time titular.

Palmeiras tentará o segundo título da Libertadores. Foto: Reprodução/Facebook.

MÉRITO DE JOGADORES E COMISSÃO TÉCNICA

Rival do Verdão na final, o Santos há anos vive problemas financeiros, resultados de gestões ruins dentro do clube. A dívida santista ao final de 2020 era de 550 milhões. O clube sofre para honrar pagamentos por compras de jogadores e enfrenta processos na FIFA que o proibiram de adquirir novos atletas ao longo de toda a temporada.

Com isso, o Peixe acaba muitas vezes atrasando salários e também tem que apostar nos jovens da base para compor o time principal. Outra característica é a necessidade de venda de jogadores para colocar dinheiro em caixa e pagar dívidas. Bruno Henrique, por exemplo, foi para o Flamengo no início de 2019 e, após a decisão da Libertadores, já estão acertadas as vendas de Lucas Veríssimo e Diego Pituca.

Nesse cenário caótico, está claro que o Santos não fez um planejamento para ir à final da Libertadores. O resultado esportivo é mérito total da qualidade dos jogadores em campo e do bom trabalho do técnico Cuca, tanto nas escolhas táticas quanto no gerenciamento do grupo para driblar as dificuldades internas e unir os jogadores em busca do tetracampeonato continental, o que, em caso de conquista, dará ao Santos o posto de time brasileiro com mais títulos na história da Copa Libertadores.

Santos busca o tetracampeonato. Foto: Reprodução/Facebook.

Há algo errado no Ninho

Anterior

O campeonato que “ninguém quer”

Próximo

Você também pode gostar de

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

More in Campeonatos