O melhor de todos, uma estrela no auge e voltas por cima: Lakers campeão

Jejum quebrado. Depois de 10 anos, o Los Angeles Lakers voltou a ser o grande campeão da NBA batendo no playoff final o Miami Heat por 4 a 2. O sexto jogo, disputado no domingo (11), na bolha que a liga montou dentro da Disney, terminou com placar de 106 a 93. Com isso, o time da Conferência Oeste chega ao 17º título e iguala o rival Boston Celtics como os maiores campeões da NBA.

Voltar a vencer justo em 2020 tem um sabor especial para os Lakers, já que em janeiro desse ano a franquia perdeu seu grande ídolo, Kobe Bryant, em um acidente de helicóptero. E para voltar a triunfar a equipe contou com o maior astro da NBA na atualidade, uma estrela no auge de sua forma física e dois veteranos que deram a volta por cima.

LeBron e Davis comandam

LeBron James chegou à Los Angeles em 2018 para ser o grande astro da reconstrução dos Lakers, que ficaram várias temporadas de fora dos playoffs após a aposentadoria do lendário técnico Phil Jackson. Em 2018-2019, a franquia, no entanto, acabou novamente fora do mata-mata.

Para essa temporada, os Lakers foram buscar Anthony Davis no New Orleans Pelicans. Aos 27 anos, o ala-pivô está no auge da forma física e pela primeira vez na carreira teve a oportunidade de disputar as fases decisivas da NBA. Ao final do campeonato, os números mostram que a escolha foi mais do que acertada. Dos quatro títulos de LeBron James até hoje, Davis foi o companheiro que teve melhores números nos playoffs, com média de 27,7 pontos. Em nenhum momento foi coadjuavante e, sim, o grande companheiro de LeBron James no caminho da conquista do título. Davis, inclusive, chegou a ser cotado para ganhar o prêmio de MVP das finais, que acabou ficando com o maior astro.

O renascimento de dois veteranos

Dois jogadores que tiveram seus grandes momentos no fim da década passada e início dos anos 2010 também fazem parte do elenco do Los Angeles Lakers campeão em 2020: Rajon Rondo e Dwight Howard.

Rondo foi campeão pelo rival Boston Celtics em 2008 e disputou duas finais da NBA. Após deixar a franquia de Massachusetts, passou por Dallas Mavericks, Sacramento Kings, Chicago Bulls e New Orleans Pelicans sem grande destaque. Ao chegar aos Lakers, entretanto, em 2018, reencontrou sua melhor forma e foi um bom coadjuavante para Lebron James e os Lakers. Nos playoffs teve média de 8,9 pontos e 6,6 assistências. Com a conquista, Rajon Rondo se tornou o primeiro jogador a ser campeão da NBA pelos rivais Celtics e Lakers.

Outro que deu a volta por cima foi o “Superman” Dwight Howard. Depois de uma passagem apagada e a saída conturbada do próprio Los Angeles Lakers em 2013, inclusive com problemas de relacionamento no vestiário, o pivô colecionou passagens sem brilho por Houston Rockets, Atlanta Hawks, Charlotte Hornets, Washington Wizards e Memphis Grizzlies.

Howard foi recontratado pelos Lakers em 2019 para substituir DeMarcus Cousins, que está afastado após sofrer uma lesão no joelho. Mais maduro, aos 34 anos, o outrora oito vezes all-star se mostrou um reserva útil e não se importou de ficar na reserva e ser um coadjuvante de luxo da dupla de estrelas LeBron James e Anthony Davis. Ao final dos playoffs, ele terminou o campeonato com média de 15 minutos por jogo, 5 pontos e 4 rebotes.

Além dos veteranos que “renasceram”, é importante destacar outros experientes que chegaram nesta temporada e deram o salto de qualidade para o Los Angeles Lakers deixar para trás os anos de coadjuvante e voltar a conquistar um título: Danny Green, que tem a bola de três como ponto forte, e J.R. Smith, antigo parceiro de LeBron no Cleveland Cavaliers.