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Ataque x defesa: o choque de estilos na final da Libertadores

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Flamengo x Palmeiras: os dois últimos campeões decidem a Libertadores 2021. Foto: Reprodução/Facebook.

Flamengo x Palmeiras. A segunda final brasileira consecutiva da Taça Libertadores da América colocará frente a frente no dia 27 de novembro, em Montevidéu, os dois últimos campeões do torneio. E, além disso, as equipes de maior investimento nos últimos anos e que colecionaram os principais títulos do futebol brasileiro.

Fora de campo os times têm algumas semelhanças, pois ambos passaram por longos períodos de dificuldade, que incluíram times fracos, campanhas ruins e falta de títulos.

A virada veio após o pagamento das dívidas de curto prazo e a oxigenação financeira para investir em jogadores de peso. Ainda que os caminhos para a reestruturação financeira tenham sido diferentes.

Quando olhamos exclusivamente para dentro de campo, entretanto, as semelhanças acabam, pois o estilo de jogo que levou Flamengo e Palmeiras a conquistarem suas glórias é completamente diferente.

A MELHOR DEFESA É O ATAQUE

Desde 2019, quando iniciou o atual momento de glórias ainda sob o comando de Jorge Jesus, o Flamengo se caracterizou por um jogo extremamente ofensivo.

Controle de jogo pela posse de bola, pressão no campo de ataque para recuperar a bola e fome insaciável de fazer gols.

Após a saída do técnico português e as passagens pouco brilhantes de Rogério Ceni e Domènec Torrent, o Flamengo parece ter encontrado seu melhor jogo novamente sob o comando de Renato Gaúcho.

Nos três mata-matas da Libertadores, foram três goleadas (4 a 1 no Defensa y Justicia, 4 a 1 e 5 a 1 no Olímpia) e 18 gols marcados. Ainda que o time não tenha o mesmo ímpeto ofensivo da época de Jorge Jesus e recue para administrar a vantagem em alguns jogos, o Mengão segue com um ataque fortíssimo comandado pela dupla Bruno Henrique e Gabigol.

Um dos pontos fortes que o time ganhou sob o comando de Renato Gaúcho foi o contra-ataque em velocidade. Como visto no segundo gol da partida de volta contra o Barcelona de Gayaquil, pela semifinal da Libertadores.

Além da final da Libertadores, o Mengão ainda sonha com mais dois títulos importantes, já que está em terceiro lugar no Brasileirão (com jogos a menos) e na semifinal da Copa do Brasil.

Bruno Henrique marcou os quatro gols do Flamengo na semifinal. Foto: Reprodução/Facebook.

PRIMEIRO DEFENDER PARA DEPOIS ATACAR

Já o Palmeiras se caracterizou nos últimos anos como uma equipe mais pragmática e defensiva, que se fecha muito bem na defesa e explora a velocidade dos atacantes no contra-ataque com muita velocidade.

O chamado jogo vertical e reativo, que usa e muitas vezes abusa da ligação direta defesa ataque para chegar ao gol adversário, teve o primeiro grande momento sob o comando de Cuca, na conquista do Brasileirão 2016.

Dois anos depois, o Palmeiras de Felipão, com seu jogo ainda mais direto e vertical que o de Cuca, levou o Verdão a mais uma conquista de Campeonato Brasileiro.

Com um estilo de jogo parecido, Abel Ferreira chegou em 2020. Uma defesa intransponível e um time letal para aproveitar os espaços deixados pelo adversário foram as principais armas do português para conduziu o Verdão aos títulos da Libertadores e da Copa do Brasil.

Em 2021, entretanto, o rendimento do Palmeiras caiu. A defesa já não tem a mesma força do ano passado e é uma das piores do Brasileirão. Isso faz com que o time tenha que mudar suas características e jogar com posse de bola no campo de ataque.

O resultado disso são, apesar da chegada à final da Libertadores, tropeços seguidos no Brasileirão e a distância da ponta da tabela, além da eliminação da Copa do Brasil e dos vice-campeonatos no Paulistão e nas Recopas Brasileira e Sul-Americana.

De volta após empréstimo, Dudu é a grande arma ofensiva do Palmeiras na final. Foto: Reprodução/Facebook.

FINAL É FINAL

Apesar da fase do Flamengo ser bem melhor que a do Palmeiras, a decisão da Libertadores é apenas no final de novembro. Além de ser uma partida única, ainda será disputada em campo neutro.

Quem vai levar a melhor? A ofensividade carioca ou o jogo defensivo dos paulistas? Uma pena ter que esperar tanto tempo ainda para obter essa resposta.

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