O que já era esperado aconteceu. Numa entrevista coletiva realizada nesta quinta (11), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 continuará sendo em Interlagos. Contudo, para quem acompanhou esta novela, o desfecho não é surpresa.
A continuidade da Fórmula 1 em São Paulo acabou virando novela por causa da Rio Motorsports, que prometeu construir um novo autódromo no Rio de Janeiro para receber a corrida. Além disso, chegou a adquirir os direitos de transmissão da categoria.
Contudo, a construção do autódromo gerou problema atrás de problemas. Licenças ambientais, problemas financeiros e uma petição contra a obra inviabilizou o projeto. E ainda por cima, a Rio Motorsports não pagou o grupo Liberty Media, dona da Fórmula 1 pelos direitos de transmissão.
Lições
A novela da Fórmula 1 no Brasil pode servir algumas lições. Primeiramente, não se deve tentar planejar um evento tão grande em pouco tempo. Receber uma prova da Fórmula 1 exige tempo e dinheiro.
Parte da imprensa também teve culpa na criação da “novela” ao criar uma “guerrinha” entre São Paulo e Rio de Janeiro, dando moral para uma empresa desconhecida. Assim como o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem culpa. Não é dever de um presidente falar sobre onde uma corrida deve ser ou não. Isso é assunto da organização da prova e dos interessados.
Outra lição que pode se aprender é sobre urbanismo. Desde que o autódromo de Jacarepaguá foi demolido por causa dos Jogos Olímpicos, existe a promessa da construção de um novo autódromo. Contudo, porque não fazer igual em Sochi, na Rússia, onde foi construído, no mesmo local, autódromo e parque olímpico?
Enfim, se os cariocas ainda desejam voltar a receber a Fórmula 1, é melhor se organizarem e construírem um autódromo antes de se candidatar.
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